quinta-feira, 14 de julho de 2011

Quando tem celular

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9oC4TW5-HjBKvIo_YuYZYCM_3xGrAMrxNU3Tr08TV_GlnUrBX8lQlYBpPwN5OFf68G9_kZXnyR_p3hCUIvpUj2Mtm_CDs236COD03Dw7WEZRy8D0tk8FSwv9V_Y1KrlT2-IcQrm852bXe/s1600/Gif-Palying-phone.gif

Que celular em sala de aula é um grande problema... todos nós já sabemos. Os professores reclamam que o aparelhinho tira a atenção da turma e os próprios alunos entendem que quando o celular toca ele está desviando o foco de todos os outros.

Antes o problema era só as ligações em horas impróprias. Mães, pais, amigos... todos ligando bem na hora em que o garoto(a) está em aula. Hoje o problema é um “pouco” mais grave. Com o avanço da tecnologia, os celulares ganharam muitas novas funções e abandonou de vez aquele tempo em que só atendia, ligava e mandava mensagens. Agora eles são dotados de conexão com a internet, câmeras, reprodutores de música, etc. Motivos para manter o celular fora do bolso ou bolsa não faltam, mas de todos eles o que mais tem atentando contra a paciência dos educadores é a função “Reproduzir Música”. A união da função de reproduzir músicas com alto-falantes, cada vez mais potentes, está transformando cada início de aula em uma verdadeira boate, com uma grande variedade de estilos.

Chegar na sala de aula depois do recreio e não achar pelo menos um celular tocando alguma música está cada vez mais raro, principalmente na rede pública. É no recreio que eles fazem a festa e mesmo depois do toque alguns insistem em continuar ligados. Algumas escolas simplesmente aboliram o uso de celular em suas dependências, outras (a maioria) trabalham com o bom e velho acordo do “Silencioso”. As medidas visam bem mais o uso do telefone para ligações, mas também são usadas em casos de alunos que resolvem ouvir sua música favorita durante a aula (com ou sem os fones de ouvidos) e aqueles que gostam de acessar as redes sociais enquanto o professor explica a matéria.

Falando de adolescentes, é de se esperar que em uma turma existam vários gostos por estilos musicais, e “disputas” entre os que gostam de um estilo contra os que gostam de outro podem acontecer. Ainda mais quando os dois querem expor o som que eles curtem ali, para toda a turma. Por isso é tão importante que o professor trace uma estratégia para estes momentos que extrapolam o recreio e chegam à aula. Sem diálogo, eles desligarão os aparelhos quando o professor pedir, mas o problema persistirá no dia seguinte.

Sugestão para os professores:
  • Quando houver algum problema relacionado ao uso de aparelhos de celular na escola trabalhe com os alunos questões de espaço e respeito. A escola, sobretudo a sala de aula, entendida como um espaço para a aprendizagem e a aula como um momento em que o respeito ao professor e aos colegas é primordial.
Sugestões para os alunos:
  • Pesquise sobre estilos e preferências musicais e discuta com os colegas o que cada estilo tem de peculiar.
  • Procure no Youtube vídeos e reportagens sobre o uso do celular em sala de aula.

sábado, 2 de julho de 2011

Quando ele(a) é especial

Fonte: 
http://uploads.blogia.com/blogs/c/cu/cua/cuatrodecididos/upload/20090312020754-pablo-pineda-primer-licenciado-europeo-sindrome-down.jpg


E de repente, um novo aluno chega à sala de aula. 
Ele é divertido, alegre, adora conversar, é um tanto exibido, carinhoso e em vários casos não tem "papas na língua"; às vezes até atrapalha um pouco a aula. 

O comentário acima pode referir-se a qualquer aluno. Contudo, está se referindo a um aluno com a famosa Síndrome de Down. Por estar vivendo essa experiência, atrevi-me a compartilhar meu aprendizado com outros Professores e, ao mesmo tempo, esclarecer aos alunos que façam parte dessa realidade, a importância de se acolher este colega de classe.
A Síndrome de Down (ou Trissomia do Cromossomo 21)é um distúrbio genético causado pela presença de um Cromossomo 21 extra, total ou parcialmente. Geralmente, a síndrome está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. (http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Down)

Acontece que, nem sempre é fácil para os demais alunos entenderem, aceitarem, respeitarem ou mesmo conviverem com essa situação. Ora, na maioria dos casos o aluno com Down não está ali para obter notas e passar ou reprovar de ano. Ele está ali porque sua interação com o grupo é extremamente necessária para seu desenvolvimento e para sua vida social (e para o outro também, pois aprende a respeitar e conviver com as diferenças). Foi-se o tempo em que ter um filho com esta síndrome era um fardo para o resto da vida. As pessoas que nasceram com Down, muitas vezes, podem levar uma vida normal, frequentando escolas, festas, trabalhando, etc.
Fonte: 
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFHXZBWX8kVre0oD4eWBP2fcenXT-q6JYpiyzS1sKPZNSeABZ4wp4RAtNRtCBU-0J-tsbp_RgtsiAwNUgrjPrbnNAQM8CEtQm9w9l1qTiYBV-xKx61H2TIhnvBKYz-keRcgfkQTwIS5WQ/s400/sindrome_de_Down_9_-_Menino_na_escola_-_Psicologia_Virtual.jpg

Aprender a conviver com as diferenças é fundamental. Os estudantes precisam perceber que, muito provavelmente, não trabalharão somente com pessoas parecidas com eles. No ambiente de trabalho, na própria família, na Universidade e, porque não, dentro da sala de aula, é comum encontrar pessoas com realidade completamente diversa à nossa. Portanto, o quanto antes aprender a respeitar o outro, melhor. 

Se você, Professor, tem um aluno Down, não faça disso uma dificuldade. Faça disso um aprendizado. Ajude seus "pequenos discípulos" a deixar de lado o preconceito. Sabemos que o preconceito é reflexo da ignorância, e um ignorante que ensina, estará criando ignorantes, pois "nenhum produto final é melhor que sua matéria prima!" (velho ditado da indústria alemã)

Sugestões aos Professores:
Sugestões aos Alunos:
  • Assista aos vídeos abaixo (todos são curtos), escolha um deles e faça um pequeno texto sobre ele. Poste seu texto na forma de comentário desta postagem ou leve-o para a sala de aula e entregue ao Professor;
  • Você tem (ou já teve) um colega com Síndrome de Down em sua sala de aula? Comente sobre sua experiência.
Links do YouTube:
 

domingo, 26 de junho de 2011

Quando ele não fica quieto

Fonte: http://www.arquimoc.org.br/uploads/Foto%20(3).jpg

Toda sala de aula tem, no mínimo, um aluno "encapetado"! Aquele que não deixa ninguém em paz, que perturba a aula com brincadeiras e que não permite que os colegas prestem atenção no que a professora diz.

Visto como o teimoso, "pestinha", "encapetado," sem limites, mal educado, e até de "endiabrado"..., o aluno que apresenta estas características está sempre entre “os problemas” da sala e é corriqueiramente citado na sala dos professores. “Ahh, o Daniel do 6º ano não me deixa terminar a aula, não sei mais o que eu faço com aquele menino...”

Entre os colegas de sala ele é o que chama atenção, provoca e que também perturba. Em alguns momentos ele diverte, mas na maioria das vezes ele só atrapalha. Trocando de lugar, puxando conversa na hora da explicação e desviando a atenção da turma.

Ele apresenta frequentemente a desatenção, inquietude e impulsividade. A ciência já deu um nome e sobrenome para este indivíduo e seu comportamento, é o hiperativo, aquele que sofre de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Tem até tratamento!!! O que antes era tratado com horas e mais horas de sermões na sala da direção, agora é tratado com sessões e mais sessões no departamento de psiquiatria.

Como a hiperatividade é mais evidente no período escolar, o papel do professor como agente capaz de identificar as características do indivíduo com TDAH é fundamental. Além disso, o professor é aquele que tem a missão de esclarecer a turma o que é TDAH e que isso não é motivo para chacotas, brincadeiras ou brigas.

Será que levar o aluno hiperativo a cansativas sessões de acompanhamento psiquiátrico ou psicológico e até o uso de remédios é a única/melhor solução?

Sugestão aos professores:
Sugestões aos alunos
  • Pesquise em outros blogs um pouco mais sobre a hiperatividade e comente um pouco do que você encontrou;
  • Elabore um pequeno painel em A4 com imagens e características da hiperatividade e mostre ao professor. Peça para que ele deixe exposto na sala;
  • Você tem problemas de aprendizado? Faça um pequeno comentário sobre a sua experiência.

Quando a torcida vira briga

Fonte: Acervo pessoal

Futebol... um assunto muito recorrente nos dias de hoje, toda semana tem jogo diferente. Um dia ganha um time, outro dia ganha outro. É um esporte como qualquer outro, feito para o entretenimento, união, conhecer novas pessoas, desenvolver um espírito de equipe, saber perder e ganhar. Porém, infelizmente, muitas pessoas esquecem dos valores que o futebol pode nos ensinar para o dia-a-dia. Por uma simples questão de tradição de rivalidades entre estes times, algumas pessoas levam tão a sério a ponto de desmancharem amizades, criar inimizades ou abalar alguns relacionamentos.

Além dos grandes conflitos retratados após os clássicos do futebol brasileiro, como acontece no "Clássico Rei" aqui em Natal entre América e ABC (as maiores torcidas do Estado), também existem os pequenos desentendimentos particulares no ambiente escolar. Estes "desentendimentos " criam climas de tensão na sala de aula, na escola e na comunidade, prejudicando o aprendizado, o coleguismo entre os alunos e também o trabalho do professor.

Muitas vezes, o professor não se mete nestes assuntos e somente quer explicar o seu "conteúdo" de História, Português, Inglês, etc. Mas, este também é um assunto que deve ser tratado em sala de aula. Nós educadores devemos lembrar que estamos formando cidadãos, e isto inclui justamente tratar seu cotidiano e trazer a tona os conflitos que envolvem o ambiente em que vivem. Apesar deste professor ter muitos e muitos alunos, este não deve fazer vista grossa para estes problemas, os quais podem tornar-se tão grandes ao ponto de chegarem a brigas.

Você aí torcedor, apaixonado por qualquer time que seja, não seria uma boa se perguntar se realmente vale a pena perder a amizade daquele seu amigo de longa data apenas por ele torcer por um time de futebol "rival" do seu? Ou mesmo por ele ter tirado uma "brincadeira" pela derrota do seu time? Você aí torcedor apaixonado, preze pela beleza do esporte e pelo bom futebol, torça pensando na palavra "rival" e não "inimigo".

Sugestões aos professores:

  • Conheça um pouco mais sobre os seus alunos, mesmo que seja aos poucos. É uma tarefa difícil, mas que pode trazer grandes resultados no futuro;
  • Tente na medida do possível trabalhar com seus alunos questões levantadas pela mídia a respeito de conflitos gerados por torcidas rivais;
  • Incentive aos seus alunos o respeito ao próximo e levante questões de cidadania e convívio social.

Sugestões aos alunos:

  • Comente sobre alguma experiência vivenciada ou vista na mídia de algum conflito envolvendo torcidas organizadas e reflita sobre suas conseqüências. Valeu a pena realmente? Trouxe algo de relevante para a vida daquelas pessoas?
  • Pesquise sobre a história do seu time rival e elabore uma redação sobre, mostrando seus feitos, glórias e sua importância para o futebol brasileiro.

Quando a brincadeira vira problema

Fonte: http://www.revistadatribuna.com.br/a_edicoes/revista_06_09/fotos/bulling%20brigando2222.jpg
Quem nunca brincou com os colegas na escola, que atire a primeira pedra! Ou melhor... não atire não porque a situação pode piorar! A questão é: quando uma simples brincadeira (ou a repetição dela) pode gerar um mal estar entre os amigos?

Tendo em mente que os alunos estão aprendendo não apenas História, Geografia, Matemática e Português, mas aprendendo, principalmente, a lidar com as diferenças e com outras pessoas (e até com ele mesmo), quando uma situação semelhante a essa acontece, de uma brincadeira passar dos limites e gerar desconforto, cabe ao Professor, que tem mais experiência, ajudá-los a pensar e resolver essa questão. Se o problema envolve grande parte da turma, não se perderá nada em suspender a matéria daquele dia e discutir o problema com toda a turma. Pelo contrário, só se tem a ganhar.

"De repente, não mais que de repente, das mãos espalmadas fez-se o espanto...
De repente um grupo de bons amigos é dividido ao meio. Cada qual tem seus "partidários", e agora o clima ficou pesado. Deixa estar?? Não! Façamos nascer a reflexão e mostremos algumas das ferramentas necessárias para consertar o que foi quebrado, mas deixemos que ELES consertem. O que interessa é ajudar no florescimento de seres criativos e capazes de lidar com seus próprios problemas. Deixá-los (abandoná-los) para que façam tudo sozinhos, é irresponsabilidade!

Seguem alguns questionamentos que podem ajudar na resolução de um problema parecido:

1º - O que significa ser "Amigo" para você?
2º - O motivo da discussão, que parece grave, ainda o será daqui há algumas semanas, ou meses?
3º - A razão da "brincadeira" vale a amizade?

Sugestões aos alunos:
  • Em seus comentários, apresente ferramentas que possam ajudar na resolução do problema;
  • Elabore um texto e poste na forma de comentário sobre o assunto;
  • Já passou por algo parecido? Conte a sua experiência e ajude outros leitores;