domingo, 26 de junho de 2011

Quando ele não fica quieto

Fonte: http://www.arquimoc.org.br/uploads/Foto%20(3).jpg

Toda sala de aula tem, no mínimo, um aluno "encapetado"! Aquele que não deixa ninguém em paz, que perturba a aula com brincadeiras e que não permite que os colegas prestem atenção no que a professora diz.

Visto como o teimoso, "pestinha", "encapetado," sem limites, mal educado, e até de "endiabrado"..., o aluno que apresenta estas características está sempre entre “os problemas” da sala e é corriqueiramente citado na sala dos professores. “Ahh, o Daniel do 6º ano não me deixa terminar a aula, não sei mais o que eu faço com aquele menino...”

Entre os colegas de sala ele é o que chama atenção, provoca e que também perturba. Em alguns momentos ele diverte, mas na maioria das vezes ele só atrapalha. Trocando de lugar, puxando conversa na hora da explicação e desviando a atenção da turma.

Ele apresenta frequentemente a desatenção, inquietude e impulsividade. A ciência já deu um nome e sobrenome para este indivíduo e seu comportamento, é o hiperativo, aquele que sofre de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Tem até tratamento!!! O que antes era tratado com horas e mais horas de sermões na sala da direção, agora é tratado com sessões e mais sessões no departamento de psiquiatria.

Como a hiperatividade é mais evidente no período escolar, o papel do professor como agente capaz de identificar as características do indivíduo com TDAH é fundamental. Além disso, o professor é aquele que tem a missão de esclarecer a turma o que é TDAH e que isso não é motivo para chacotas, brincadeiras ou brigas.

Será que levar o aluno hiperativo a cansativas sessões de acompanhamento psiquiátrico ou psicológico e até o uso de remédios é a única/melhor solução?

Sugestão aos professores:
Sugestões aos alunos
  • Pesquise em outros blogs um pouco mais sobre a hiperatividade e comente um pouco do que você encontrou;
  • Elabore um pequeno painel em A4 com imagens e características da hiperatividade e mostre ao professor. Peça para que ele deixe exposto na sala;
  • Você tem problemas de aprendizado? Faça um pequeno comentário sobre a sua experiência.

Quando a torcida vira briga

Fonte: Acervo pessoal

Futebol... um assunto muito recorrente nos dias de hoje, toda semana tem jogo diferente. Um dia ganha um time, outro dia ganha outro. É um esporte como qualquer outro, feito para o entretenimento, união, conhecer novas pessoas, desenvolver um espírito de equipe, saber perder e ganhar. Porém, infelizmente, muitas pessoas esquecem dos valores que o futebol pode nos ensinar para o dia-a-dia. Por uma simples questão de tradição de rivalidades entre estes times, algumas pessoas levam tão a sério a ponto de desmancharem amizades, criar inimizades ou abalar alguns relacionamentos.

Além dos grandes conflitos retratados após os clássicos do futebol brasileiro, como acontece no "Clássico Rei" aqui em Natal entre América e ABC (as maiores torcidas do Estado), também existem os pequenos desentendimentos particulares no ambiente escolar. Estes "desentendimentos " criam climas de tensão na sala de aula, na escola e na comunidade, prejudicando o aprendizado, o coleguismo entre os alunos e também o trabalho do professor.

Muitas vezes, o professor não se mete nestes assuntos e somente quer explicar o seu "conteúdo" de História, Português, Inglês, etc. Mas, este também é um assunto que deve ser tratado em sala de aula. Nós educadores devemos lembrar que estamos formando cidadãos, e isto inclui justamente tratar seu cotidiano e trazer a tona os conflitos que envolvem o ambiente em que vivem. Apesar deste professor ter muitos e muitos alunos, este não deve fazer vista grossa para estes problemas, os quais podem tornar-se tão grandes ao ponto de chegarem a brigas.

Você aí torcedor, apaixonado por qualquer time que seja, não seria uma boa se perguntar se realmente vale a pena perder a amizade daquele seu amigo de longa data apenas por ele torcer por um time de futebol "rival" do seu? Ou mesmo por ele ter tirado uma "brincadeira" pela derrota do seu time? Você aí torcedor apaixonado, preze pela beleza do esporte e pelo bom futebol, torça pensando na palavra "rival" e não "inimigo".

Sugestões aos professores:

  • Conheça um pouco mais sobre os seus alunos, mesmo que seja aos poucos. É uma tarefa difícil, mas que pode trazer grandes resultados no futuro;
  • Tente na medida do possível trabalhar com seus alunos questões levantadas pela mídia a respeito de conflitos gerados por torcidas rivais;
  • Incentive aos seus alunos o respeito ao próximo e levante questões de cidadania e convívio social.

Sugestões aos alunos:

  • Comente sobre alguma experiência vivenciada ou vista na mídia de algum conflito envolvendo torcidas organizadas e reflita sobre suas conseqüências. Valeu a pena realmente? Trouxe algo de relevante para a vida daquelas pessoas?
  • Pesquise sobre a história do seu time rival e elabore uma redação sobre, mostrando seus feitos, glórias e sua importância para o futebol brasileiro.

Quando a brincadeira vira problema

Fonte: http://www.revistadatribuna.com.br/a_edicoes/revista_06_09/fotos/bulling%20brigando2222.jpg
Quem nunca brincou com os colegas na escola, que atire a primeira pedra! Ou melhor... não atire não porque a situação pode piorar! A questão é: quando uma simples brincadeira (ou a repetição dela) pode gerar um mal estar entre os amigos?

Tendo em mente que os alunos estão aprendendo não apenas História, Geografia, Matemática e Português, mas aprendendo, principalmente, a lidar com as diferenças e com outras pessoas (e até com ele mesmo), quando uma situação semelhante a essa acontece, de uma brincadeira passar dos limites e gerar desconforto, cabe ao Professor, que tem mais experiência, ajudá-los a pensar e resolver essa questão. Se o problema envolve grande parte da turma, não se perderá nada em suspender a matéria daquele dia e discutir o problema com toda a turma. Pelo contrário, só se tem a ganhar.

"De repente, não mais que de repente, das mãos espalmadas fez-se o espanto...
De repente um grupo de bons amigos é dividido ao meio. Cada qual tem seus "partidários", e agora o clima ficou pesado. Deixa estar?? Não! Façamos nascer a reflexão e mostremos algumas das ferramentas necessárias para consertar o que foi quebrado, mas deixemos que ELES consertem. O que interessa é ajudar no florescimento de seres criativos e capazes de lidar com seus próprios problemas. Deixá-los (abandoná-los) para que façam tudo sozinhos, é irresponsabilidade!

Seguem alguns questionamentos que podem ajudar na resolução de um problema parecido:

1º - O que significa ser "Amigo" para você?
2º - O motivo da discussão, que parece grave, ainda o será daqui há algumas semanas, ou meses?
3º - A razão da "brincadeira" vale a amizade?

Sugestões aos alunos:
  • Em seus comentários, apresente ferramentas que possam ajudar na resolução do problema;
  • Elabore um texto e poste na forma de comentário sobre o assunto;
  • Já passou por algo parecido? Conte a sua experiência e ajude outros leitores;

Acertando as Contas

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjqjebailRzZIQoRNcZnR2i9sEKi8HJXixnj9vG9S4fK5xk8tIQMVQZyDpDB8xaRIU3C7JLooowYzXb0St-HKd3f5CQRJyDblXqQqUjOuNfGvR68VwJz5sIOaj0qb1NEbFIuJmgs-v5Vk/s1600/sala-de-aula.jpg

Caros leitores,

o Blog "Acertando as Contas" foi pensado por três jovens Professores de História e estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN): Rodrigo Cavalcanti, Tyego Franklim e Wagner Araújo. Através de exemplos reais ou fictícios, o intuito é fazer o aluno repensar/refletir sobre as relações sociais no convívio escolar.

→ Nossos Objetivos:
  • Favorecer a resolução de problemas comuns do cotidiano escolar;
  • Trabalhar conceitos de cidadania e valores agregados à prática de ensino-aprendizagem;
  • Ajudar na formação de pessoas no que tange à pluralidade humana.
→ Como funcionará?
Fazendo uso de diferentes ferramentas (textos, imagens, links de vídeo...) os autores do Blog o atualizarão constantemente com questões que exijam uma reflexão por parte dos alunos, contribuindo para o seu crescimento intelectual e pessoal. Problemas poderão ser expostos e caberá aos alunos pensar maneiras de solucioná-lo.

→ FeedBack:
Uma das partes mais importantes. Não há por que criar este blog se não houver retorno dos leitores, portanto, a sessão de "Comentários" estará aberta para que qualquer um possa participar com suas opiniões e reflexões.

Os Autores.